quinta-feira, 15 de março de 2018

Quando o teu pai partiu, não chorei, não derramei uma única lagrima. Só desejei que tudo dele fosse arrancado de mim. Quando soube da tua existência, eu tive de te arrancar, mas de todas as vezes que tirei algo de mim, tu, filho amado, foste a que mais me pesou. Porque eras sangue do meu sangue, fruto do sentimento que quis dar ao teu pai. Talvez seja por isso que tenho trabalhado tanto. Trabalho com vontade de deixar algo de que te possas orgulhar, em tudo que faço penso em ti. Penso no quanto não estou preparada e nos teus irmãos que ainda estão por vir. Só quero que te orgulhes de mim. Filho amado, perdoa a tua mãe, que no seu egoísmo foi a pessoa que mais pode te amar.

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