quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

A Quietude

Dias cinzentos, memórias turvas em quartos silenciosos. Ouço passos, e aguardo para te ver chegar. Vejo a tua sombra na contraluz. Volto mas não estás.
Mas ouço passos.

A Alma e a Quietude

Mãos pretas, mais sujas. Olho para as palmas e me entristeço. Sujei o corpo e a alma por ti, em parte por mim também.
Mas sobretudo por ti.
Sobretudo porque confiei em ti, isso é o que mais me custa. Saber que te mostrei o meu lado mais frágil, o meu lado mais sensível. E este foi o resultado.
Quero arrancar este sentimento de mim, sabes? Sentimento esse que me faz sentir como se me tivesses usado. Por me teres salvo, não quer dizer que te dei o poder de me destruir.
Olha-me nos olhos.
Vês lágrimas? Vês consternação? Vês o quê?
Não vês a mesma pessoa que estava disposta a te salvar; mais do que isso, disposta a dar a vida por ti. Eu mudei. Tu me mudaste.
Mostraste-me o caminhi para um coração gelado. Obrigada por isso.

A Alma

Duas da manhã, não consigo dormir.
Aterrei agora. A viagem? Foi boa, mas não consigo dormir. Habituei-me a viajar contigi, a ir e a partir contigo. Todos esses trajectos e essa inconstância sempre me pareceram tão suaves porque tu eras a minha Pátria. Estar contigo era como estar em casa.
Qualquer lugar nesta terra, campo de batalha que nos enterra, contigo era o Paraíso. Não consigo dormir.
Hoje falamos. Ainda falamos mas não como antes. Não sei se te posso contar o que se passa comigo; e quando tento agir como se fosses um velho amigo parece que me afastas ainda mais.
Falamos e ligaste e eu pude te ver e issi me fez sorrir porque sibto saudades, porqur me levou à noite que deixei o passado para trás, sem saber que serias o meu presente.
Talvez essa doença que me acomete seja fruto da ausência de ti. Os sentimentos também matam. Amores não vividos que sufocam toda uma existência. Volta.
Dá-me a oportunidade de te fazer feliz, ou pelo menos de não continuar eu infeliz.
Dá-me esse gosto de voltar a ser parte de ti. Peço-te. Volta. Volta. Volta para mim.
Tens medo? É medo? Deve ser. Entendo. Sei que não sou fácil. Sei que toda a pessoa que há em mim é mais do que o que um simples homem pode suportar.
Sei disso.
As palavras fluem para o papel. Comecei a escrever para ti mas acabei a falar para ele. Será que posso? Será que posso ter uma parte de ti e uma parte dele? Também sinto falta dele, acho que sabes isso.
Devo estar a enlouquecer.
Deve ser isso.
Bem, se for, melhor assim. Justifica essa minha instabilidade e essa minha ânsia de escrever palavras que nem tu vais ler, nem ele vai ouvir.
É melhor assim, é melhor também que eu me cale e que leve para o túmulo(se o houver)estes sentimentos que me matam, que me consomem e que me fazem não dormir. Duas da manhã, cheguei agora de viagem, não  consigo dormir. Talvez com o tempo as insônias passem e me acostume a viver sem ti.

A Alma e a Quietude

Mãos pretas, mais sujas. Olho para as palmas e me entristeço. Sujei o corpo e a alma por ti, em parte por mim também.
Mas sobretudo por ti.
Sobretudo porque confiei em ti, isso é o que mais me custa. Saber que te mostrei o meu lado mais frágil, o meu lado mais sensível. E este foi o resultado.
Quero arrancar este sentimento de mim, sabes? Sentimento esse que me faz sentir como se me tivesses usado. Por me teres salvo, não quer dizer que te dei o poder de me destruir.
Olha-me nos olhos.
Vês lágrimas? Vês consternação? Vês o quê?
Não vês a mesma pessoa que estava disposta a te salvar; mais do que isso, disposta a dar a vida por ti. Eu mudei. Tu me mudaste.
Mostraste-me o caminhi para um coração gelado. Obrigada por isso.

sábado, 2 de dezembro de 2017

A verdade é que o que mais me custa são as pessoas ds tua vida que eu conheci. Tenho saudades delas. Não sei em que caixinha as meter. Não são meus amigos. Mas também não são desconhecidos.
Falo-te de um lugar lúcido, como não consegui nos últimos 5 meses. Hoje tenho noção da pessoa que sou, sem estar perdida na pessoa que era contigo, ou pelo menos a pessoa que tanto pensei que quisesses que eu fosse.
Desse lugar lúcido de que te falo, consigo sorrir, como não o fazia há meses. Tenho sorrido e tenho respirado. O ar que me foi faltando contigo voltou. Ou talvez isto também seja uma ilusão, fruto de uma construção mental que fiz para puder sobreviver da ausência de ti.
Lucidez, acho que foi isso que sempre desejaste para mim, que eu fosse capaz de ser a pessoa que neste momento sou: a pessoa que sabe a dimensão que tem e que não se diminui por coisas pequenas que a vida contém. Acho que me esqueci disso. Como não?
Tudo aquilo que vivi matou-me um pouco a cada dia e, eu pensei que, no meio dessa minha morte poderias me salvar. Ninguém me ia salvar, eu tinha de me salvar a mim mesma.

sábado, 11 de novembro de 2017

Tenho de me salvar de mim mesma, tenho de me agarrar de tal forma ao que de mais genuíno há em mim...
Tenho, simplesmente tenho. Se eu puder ser tão minha que mais ninguém me vai tirar de mim, talvez alcance a plenitude.

Depois de partires, durante semanas, deixei as coisas como estavam. O pó foi entrando pelas ranhuras e assentando como se chegasse a casa. E eu, não  fiz por o fazer partir, deixei que ele ficasse.
A companhia das pessoas e dos lugares que conheci não  fazia sentido. Sei que tudo isto é exaustivamente melancólico, mas é a única forma que tenho de colocar as coisas. Eu, tive de deixar de ir a esses lugares, tive de deixar de falar com essas pessoas, porque tudo, tudo, e nada também, me lembrava de ti.
Então, é  isso, eu deixei a poeira assentar, e hoje, nesta manhã de Novembro, limpo esta casa que aos poucos está a voltar a ser minha, e resoluta, vou guardar todas as coisas que deixaste fora do lugar: este relógio que me deste para te sentir mais perto, esta camisa que levei comigo na viagem à terra dos meus pais, estas flores que me deste num dos piores aniversários da minha vida, acima de tudo, a tua foto de infância.
Sei que a última que tinhas, perdoa-me por a ter tirado, mas essas coisas, esperam por ti nesta caixa no fundo do guarda-fato. Elas esperam. Eu já não.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Practice!
Everything you do takes practice.
There's no such thing as a natural gift, in life, for what really matters, it takes practice.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

I wake up everyday at 6 am.
The heat of the dawn doesn't allows me to sleep through.
I wake up but I stay in bed, between this sheets,
reminiscing the dreams I had.
You see, my mind plays tricks on me.
It loves so deeply that loving you means killing me.
So every time I set my head to rest,
Images of you display,
Wishes and projections,
Most of it,
Things I never said.

So you hunt me like a working bee,
In my bed and in my sleep.
I could only wish to be at peace,
But waking up makes me more empty.
You see, in my dreams there's you and me,
When in reality, that no longer exists,
So I cry while sleeping,
And wake up unwillingly
I must say that I rather sleep,
Coz not having you,
Out side my head,
It's a truth I can not bear.

I do my best not to stunt on you,
I wish I could just set you free,
My deepest secret it's I still await
For the texts you used to send,
The calls, and the fights,
Late texting throughout the night,
The caring names you gave me,
The person I was,
That only you could see.

That's gone now,
Over and terminated.
I know that,
I try to explain that to my being.
It's just that loving you,
Was the best thing I ever did.

Lá fora a vida continua.
As pessoas sorriem e trabalham. Comem e fazem amor. Lá fora a vida não terminou. Fora de mim há vida em abundância. As pessoas se amam e se querem constantemente.
Mas aqui, no âmago do meu ser, a vida parou. Eu parei.
Aqui, dentro de mim, construi uma sala fechada. Ela está cheia de imagens tuas. Tuas e dos filhos que não tivemos.
E todos os dias entro nessa sala, num demorado ritual, espero que regresses para mim.
Todos os dias, as lágrimas que correm são inéditas. Como a primeira facada, num corpo cansado. A dor é sempre nova, fresca demais, sangrando ainda depois deste tempo todo.
Corto os pulsos inúmeras vezes, mas não esvaio. Grito, mas não há som. Sou uma figura muda, a preto e branco pintada no templo que o teu espectro deixou.

domingo, 17 de setembro de 2017

Ela passou o dia na cama. O sufoco não lhe permitia levantar. E todas as vozes cercando-a não deixando ela ouvir a própria  voz.
A sua mente era um quarto fechado, com sistema de som interno. As janelas e as paredes eram fruto de uma criação do gerente do quarto, quando ele não  queria, ela permanecia no escuro. E nesse dia, o gerente colocou o cd de heavy rock no máximo, com imagens de pessoas cortando os pulsos, projectadas na parede. E entre cada slide, uma projecção dele.
Enquanto ela era empurrada para o abismo, as imagens dele recordavam-na que ele não a amava. Que todo o amor que ela tinha lhe dado, não fizera com que nele nascesse amor.
Isso é  o que mais a destruía. Saber que ela lutara por alguém que não  lutava por ela.

sábado, 2 de setembro de 2017

Ela sentou-se por baixo  da ombreira da porta, sob os primeiros raios de sol, no silêncio  do seu apartamento, lá  fora os primeiros sinais de vida citadina.
Há algo de especial nas segundas feiras, um toque de novidade, de véspera de ano novo; que nos torna mais capazes de enfrentar a vida e vencer os nossos demônios.
Ela ainda não  recuperara a cem por cento, as cicatrizes no rosto ainda deixavam réstias, mas estava na alma a maior ferida. O pior tipo de ingratidão é  que vem de uma mão que tentamos ajudar. A mão que te dá  de comer é a mesma mão que mordes? Isso ela não  conseguia assimilar ainda...imterrogou-se inúmeras vezes se devia ir falar com ele, depois da agressão  não voltara a encontra-lo. Enquanto esteve no hospital, recebera uma carta dele, enviada do estabelecimento prisional. David iria passar por um processo de reabilitação, era toxicodependente e, pelos vistos, tinha de ser reensinado a viver em sociedade.
Ela guardara a carta. A sua mãe quisera rasga-la, ela não  deixou. No momento não  conseguira reunir forças  para ouvir as palavras que nela continha. Não  conseguia ler, as abrasoes eram de tal forma grave que tivera de ficar vendada durante 8 semanas. Depois disso, ficou impedida de ficar em espaços demasiado iluminados durante um espaço de 3 meses.
A empresa responsabilizara-se por tudo. O contrato fora suspenso. E Almir...no espaço de 5 meses ocupou um espaço  na vida dela. Todos os dias falavam. Ele sentia-se responsável. Não havia motivos, mas sentia.
Desde que a levara do pavilhão para a ambulância nunca mais deixara de a carregar. No meio de todos aqueles escombros, nasciam flores. Almir tornava-se aos poucos alguém próximo...mais próximo  que um amigo. E naquela segunda feira, ele pedira-lhe que se prepara-se porque tinha uma surpresa para ela. Então  ela não  conseguiu dormir. Às cinco já estava de pé, ainda a cidade escura, já ela ansiando a chegada dele.

sábado, 26 de agosto de 2017

Leticia

Letícia  mirava fixamente a pequena boca rosada de Sienna, não conseguia se conter. Questionava-se se Almir também  tivera algo com ela...os pensamentos que lhe passavam pela mente,  traziam uma tremenda incerteza. Todas para ela eram suspeitas. Ela era a segunda,  mas sentia-se como se fosse a única,  como se estando com a outra,  com Mira,  Almir a estivesse a trair.
- Perdeste o juízo por completo...- disse-lhe Ísis.
- Não consigo tirar de mim esta sensação. É  como se...se tudo que ele fizesse me deixasse com um pé atrás.
- Letícia,  não devia te deixar com um pé atrás. Devias sair dessa situação. Tu mereces muito mais que isso. Tu és mulher demais para te contentares com isso...não consegues ver que ele te está a usar?
- Ísis... - tentou retorquir.
- Não,  se mais ninguém to disse,  digo-te eu. Ele está a usar-te,  descaradamente. Ele nunca vai deixar a noiva,  muito menos estando ela grávida. Tu sabes isso. Só não sei porque que aceitas isso.
- Eu sei...mas...
- Mas nada!

Ela cerrou os olhos. "Ele disse que ia ligar", então a esperança dela é  que ele ia ligar. De olhos fechados, o cansaço foi tomando conta dela, adormeceu e no seu mundo onírico sonhou com ele.
- Fiquei à tua espera.
- Eu sei...desculpa...
- Não  ligaste como disseste que ias ligar...não  sei se consigo mais acreditar em ti...
- Desculpa...
Era a única  palavra que servia de justificação. Ela sabia o porquê. Não o dizia em voz alta porque tinha medo de o afastar, medo de, se o confrontasse, ele iria se aperceber que ela via a mentira por trás das suas palavras. Então não disse nada.
Aceitou uma vez mais metade  do que ela merecia. Migalhas até.
Acordou sobressaltada. O relógio marcava vinte para a meia noite. Decidiu ligar.
O telefone chamava até  que ele atendeu.
- Estou?
- Disseste que ias ligar...esperei por ti...
A voz ensonada apenas proferiu o perceptível:
- Adormeci...desculpa - tal qual no sonho dela.
- Dorme então - disse Elisier.
Não  tinhas mais forças  para discutir com ele. Não era o facto de ele ter adormecido que a magoou. Foi a pouco importância  que ela sentiu ter para ele. Quem promete algo desse género e depois  simplesmente não  faz por cumprir...é porque a outra pessoa não  tem importância. Ela sabia disso porquê  mesmo que ela adormecesse, iria acordar durante o sono porque todo o seu organismo lhe ia recordar que ele existe e o que lhe tinha prometido. Foi isso que aconteceu. Era assim que ela funcionava.
Por isso, não ela não  tinha  importância  para ele. Entre as vezes que ele esquecia o que tinha prometido, entre os encontros desmarcados, entre a distância  que crescia entre eles, Almir foi perdendo Letícia.

She stood there, waiting for him to realise she was the one. And in the meanwhile, all her demons found a way to come out and play...there was a door left open, that she thought she'd closed.
The demons took over her and started playing with her mind, the wickedness within her could be held no more.
She know it, she felt it, she saw it right in front of her eyes. Darkness taking over her, from the inside out, from the bone to the flesh, from the soul to the body.
"Forgive me", she said to him."For what?, he asked.
"For this", she grabbed the knife and stabbed the soul out of his body. The demons told her so. So she acted on it.
As the life left his body, the demons left too. Leaving her, alone, next to the body of the man that made her insanity come through.

#latenightmadness #raldesicato #wicked #whenlovekills

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Eu quero tanto acreditar no amor, como se fosse uma força  imparável que supera toda a malícia do mundo, eu quero acreditar, mas não consigo.
E estas noites longas demais em que cogito em mim que estás distante com outra, me fazem sofrer imensamente, e a minha descrença aumenta e a cada dia que passa eu sofro cada vez mais, eu sufoco em mim.
Essa amor que tenho me diz para ficar.
Mas esse medo consome tudo e me faz arder por dentro.
Neste momento estou de pés cimentados no chão. Sem acção. Sem destino.
Uma parte de mim hoje morreu com tudo isso.

O Inferno que há em mim

As labaredas do fogo
Vivazes escarlates,
Por entre chamas caminho
Como se nada se tratasse.

O fogo queima minha pele?
Hás de um dia perguntar
Se queima como o fel,
A verdade é que has de habituar-te

Epopeia da vida,
Trouxe-me a este lugar,
A saída perdia de vista,
Acabei por ficar,
Minha casa, moradia,
O Hades passei a chamar,
Um anjo caído,
Que não se quis levantar.

Não te acerques de mim.
Não me mires.
Não ames.
Se por ousadia tentares,
Escuta os lamentos que ressoam no ar,
De tolos heróis
Que como tu
Quiseram avançar.
Sem temer a morte,
Entrando no Inferno para me salvar.

O erro está em pensar,
Que o que os faz capitular
São as chamas acerca.
O real inferno está em mim
Minh'alma perdida,
Queima quem se acerca,
Leva os gritos ensurdecedores
O sofrimento e dores,
O vazio do falso amor
E vãs esperanças propaladas
Noites de insônias inacabadas
Madrugadas infidadas
Marcadas por pluviais palavras
Que não  se arreigam deste lugar.

O Inferno está em mim,
Sou eu que o continuo a alimentar.

sábado, 17 de junho de 2017

A profundidade das palavras que sairam pela boca, tiveram um impacto que eu conheço demasiado bem. Mas não havia como as retirar. E novamente na minha vida, voltei a me avaliar.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Já não escrevo sobre amores falhados, 
Sobre paraísos que pensei ter encontrado.
Hoje escrevo sobre a consciência que tomei de mim, 
Que há muito mais do que aquela limitação existencial,
O caminho que desbravo
No final erguerei um castelo,
Das vivências que for colhendo,
No espelho apreciarei as cicatrizes
que o tempo for tecendo,
Se do meu lado estiverem apenas sombras, 
Toma-las-ei como perenes irmãs, 
Que contrastando com a luz que de mim irradia, 
Compõem sinfonia divina.

Os sinais se vão revelando,
Escuto,  em meu silêncio calado, 
Fui aprendendo a sereno conhecer
Meu maior ganho será  entender,
que neste mundo nada me falta, 
A quantidade certa se me presenteei
Calo os desejos por que minh'alma anseei,
Inconsequente marinheira,
Esgrimindo-se em precipitadas decisões,
Acabando perdendo, e se perdendo por entre os vagões
O desnortedo mar que intenta te levar,
Escolhes segui-lo?
Escolhes lutar?
Qual seja tua escolha
Aceita que ele é supremo

Eu quero partir à  descoberta,
Mesmo com todo o medo que há mim,
Eu quero partir à  descoberta,
Quer tu decidas comigo partir,
Ou serenamente me deixar ir,
Inquietante comoção em mim,
Leva-me a querer eternamente fluir,
Com todas as coisas que um dia conheci,
Que um dia virei a conhecer,
Nesse misto de reminiscência
E inédito,  continuamente me perder.

Eu quero partir,  sem olhar para trás
De entre este tempo assaz fugaz, 
Encontrar razões para me orgulhar,
De nunca ter aceitado parar.
Eu levo dentro de mim meus acenstrais, 
Minha mãe  guerreira,  e meu amado pai, 
E o desbravado caminho de meus avós, 
Por estas linhas oiço suas voz:
"Sem medo de errar, 
Sem medo de falhar."
Tomando o Destino em minhas mãos,
Quase que flutuando do chão
Meus passos firmes tecendo, 
Com esta vida,  simples,  não me contento,
Eu vou partir para não mais voltar,
Não precisas por mim esperar.

domingo, 28 de maio de 2017

When a man loves you,  your mouth is the most wonderful place on earth for him to remain.
There's something about the way he feels when touching your lips,  like a outer space experience, which he doesn't want to give up. So, he craves for it every moment of his day.
Knowing that happiness it's kissing you.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

O destino aproxima-se galopante.
Aos distraídos impondo-se, 
Olhai que a voracidade do cronos, 
Não para à vista da imobilidade de teus sonhos.
Age, 
Enfrenta o destino pelos cornos.
É  tempo!
A hora que te falaram chegou!
Faz a tua mala, 
Parte rumo aos escritos,
nas linhas holísticas, 
O tempo de decidir há muito passou.

O Fado, cerca-te,
Nos trilhos avançando
Comboio imparável.
Ouve-lo?
Sente-lo?
É tempo!
Despede os teus pais,
Nunca mais volveras a ser deles.
Despede teus irmãos,
Ora outros braços te amparam.
A meninice ficou,
E a adultez voraz se afirma perene,
Não há como escapar,
Não há como contornar.
É  tempo.
A hora é esta.

Os sonhos expiraram,
Se não os reclamaste
É  tarde,
E era bom que não fosse.
Aceita o teu fado,
Não há outro que o possa reclamar.

O destino de alcança,
Não o tentes escapar.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O meu quarto está cheio de coisas tuas,  e hoje à noite,  em frente à televisão,  distante do presente momento, tu invadiste a minha mente.
Mas eu não sei explicar o que me tomou...uma vontade imensa de estar ao pé de ti, vontade da tua boca, da tua voz, das tuas mãos...banalidades...trivialidades talvez...mas são  mais profundas que isso.
Eu sou esta pessoa que hoje tens a frente de ti,  já  sofri,  já várias  vezes me perdi,  mas há uma parte de mim que insiste em acreditar...insiste em não  desistir pq tudo que eu tenho em mim é Amor,  e todo o meu ser gravita envolta desse sentimento.
Eu não existo doutro modo.
Essa parte de mim vai perdoar todos os teus erros,  vai aceitar o teu passado,  vai viver no presente como se não houvesse amanhã,  vai planear esperançosa que a tua chegada seja eterna. Essa parte de mim, a parte mais louca,  a parte apaixonada,  a voz da mulher sofrida qur insiste em não  calar,  tem tanta força em mim que me fez voltar atrás,  me fez voltar a  tentar,  eu que tinha prometido a mim mesma não  mais voltar a me entregar. É...essa parte insana de mim,  está hoje diante de ti rendida, confessa coisas que prometeu não  mais confessar, cria expectativas de uma vida a dois...essa parte insana de mim insiste em ver em ti apenas o que há de bom,  e suplica para que não permitas que os defeitos que em mim há  te afastem...a parte insana,  loucamente apaixonada...deseja-te cada vez mais todos os dias,  luto com ela para não te ligar constantemente...tenho perdido essas batalhas....
Aí,  loucura minha amar-te assim, e  querer dar-te incomensuravelmente tudo que há em mim. Faltam palavras,  tento verbaliza-las porque tens de saber,  tenho que te confessar o poder que tens sobre mim...se me has de maltratar depois,  não  sei...mas hoje confesso meu amor.

terça-feira, 2 de maio de 2017

segunda-feira, 1 de maio de 2017

My wild heart didn't planned this,  and still it rejoices.
My poor heart,  fearful for the past,  anxious about the future,  wild in thoughts,  caring within my soul,  a love deeper that it can hold.
Oh poor heart,  so afraid to be hurt again,  mistreated  and misplaced,  craving for truth and a being as pure as the one he holds.
My poor heart,  didn't knew,  that it must let go,  to be able to newness beheld.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Trivialidades

Ela gosta desse tipo de coisas,  coisas banais.
Da mensagem de bom dia,  antes mesmo de levantar,  na cama, ainda,  com o resto de sono,  da noite mau dormida. E a voz dele do outro lado do celular,  trivialidades.
O nome dela deixara de o ser e se tornara num nome qualquer que ele achara, e se da boca dele soassem outras palavras mexia com ela de tal jeito,  ela gosta especialmente dessa banalidade. Do que ela  representava.
No ecrã do celular dele,  a foto dos dois,  e o contacto mudara,  trivialidades hoje tão raras,  que fazia parecer uma última prece.
Daquela que a alma suspira,  no fim da oração, "que chegue bem mansinho,  que me ensine a amar,  que não  pertube a minha alma...que...". Bem assim.
E ela foi banalmente vivendo e o conhecendo e entre trivialidade,  banalidade e mesmice,  ela foi voltando a gostar de viver.
O sorriso mudara,  mais aberto,  mais resplandecente. Não porque ele fizera isso,  mas porque ela,  ela só vivia para se dar. E toda aquela banalidade parecia fazer valer a pena,  toda essa doação,  quase sentia um retorno chegar, bem mansinho,  lá no horizonte, quase viu se formar nele um lar.
E depois o nada,  porque sempre acaba em nada.
Os momentos triviais,  eram apenas isso,  ela é que quis transformar em momentos extraordinários. Os gestos,  as palavras,  as mãos e as longas noites em que ela não se deitava, não passavam disso. E ele,  ele era o mais comum dos homens.
O trivial indivíduo que ela quis endeusificar.

domingo, 9 de abril de 2017

Não deixes que ela vá dormir sem saber o que aconteceu de errado, 
Não deixes que ela se questione a noite toda se as coisas no dia seguinte vão estar bem, 
E que a insónia,  fiel companheira,  lhe venha assombrar contando que vai tudo dar errado.
Não deixes que ela sofra desse jeito.
Não permitas isso.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Já  me provaste que és Homem,  que todos que vieram antes de ti, foram um teste, que me prepararam para ti.
Sabes o que eu quero? Quero te ter ao meu lado. Eu não sei se este momento é eterno,  mas tudo em mim ressoa para que nunca acabe. Quero-te com tudo que em mim há

terça-feira, 28 de março de 2017

Reminiscências

"Fiz da mi'a dor poesia,
Das lágrimas melodia,
Tornei vossa mi'a amargura,
Moldei meus sonhos em papel."

segunda-feira, 27 de março de 2017

Há dias que te odeio,  que não  suporto a ideia de falar contigo porque sempre te faltam as palavras e as ideias ficam inacabadas.
Há dias em que quero distância da pessoa tua,  só  de pensar em teu nome o meu estômago  dá  uma volta de 360 graus e foda-se quase me consome.
Dias em que me fecho e sou para mim mesma o Universo, as estrelas e o Cosmo. E faço por te olvidar,  e tentar apagar-te da minha lembrança,  fingir que se eu fizer um esforço talvez tu desapareças como fumo no ar.
Mas finjo e confesso algo que não sinto...não te quero apagar,  não  quero que as minhas células olvidem quem és e o gosto do teu toque na minha pele... Não quero que isso aconteça.
Porque quando as horas passam e a vida entra pelos freios da esfera que sou eu,  em tudo que acontece me apetece te contar,  partilhar contigo, mas não posso porque não estamos a falar.
E isso me mata...

Brisa

Todos os dias me sabe bem...estar contigo sabe a rosas que brotam num jardim à saída da nossa casa.
Todos os dias tu me mostras que eu importo, 
E mostras ao mundo inteiro que eu sou tua,  que tu me queres e que te orgulhas...tinha me esquecido do sabor disso.
E a minha alma está tão calma,  tão segura de si...talvez seja isto,  talvez o amor deva chegar como uma brisa de verão no fim da jornada,  quando o sol ardente se faz sentir sobre a pele, e eu estou tão segura de mim que quando a brisa chega só completa o Nirvana que alcancei.
Já poucas coisas me atormentam,  agora eu sei que me prepararam para este momento.
Estou pronta,  hoje estou pronta para ti,  sejas bom sejas mau,  sem muito poder exigir,  sem muito poder me matar,  estou pronta. Mais madura,  do que alguma vez fui, estou pronta.

segunda-feira, 20 de março de 2017

T...

Se eu te mostrar o quem mim há,  prometeste não  fugir? Prometes que me vais perdoar por coisas que eu ainda não  me perdoei,  porque eu preciso que me perdoes e aceites a imperfeição que há  em mim. E eu prometo aceitar todos os demónios que há em  ti. Quero-te, preciso-te, não porque uma parte de mim não exista sem ti,  mas porque eu tenho um Universo inabitado  em mim,  e quero que tu saibas. Eu quero te falar tudo que em mim há,  quero que me conheças,  que chores comigo,  que também  comogo rias,  preciso disso. Partilho comigo esse tanto...

In Abismos...

Abriu os olhos, no meio da sala de estar de Almir, Letícia sentiu-se diferente. Avançou pela divisão, e chegando à porta do quarto hesitou, olhou para as mãos e nelas uma faca. “O quê?”, tentou despertar, falhou. Continuou a avançar, abrindo a porta, Almir e Mira deitados, ele distante dela, na cama um fosso entre eles, “É agora”, “O quê? O quê que é agora?”, tentou imobilizar o corpo, falhou. E o corpo em que estava avançando sobre o leito, “Não, não, não”, “Sim, sim, sim”. Atravessando para o lado oposto, a mão que não era a sua, difere um golpe sobre o seu ventre, “Não!”. O grito de Mira faz Almir despertar do sono e Mira dobra-se sobre a sua barriga, o vestido de noite, pinta-se de vermelho e a mão continua a golpear. Um, mais um,mais um, mais um, mais golpe atrás do outro. Almir tenta alcançar a mão, sem sucesso a mão difere um golpe no seu rosto. Letícia prende a respiração, “é só um sonho, é só um sonho, não é real, é só um sonho”.
Almir grita por ajuda, então o corpo lançasse sobre ele e começa a talha-lo, um, dois, três, quatro, cinco, seis….vinte, vinte e um…e a todo momento uma voz que ecoa dizendo: Por ela, por ela, por ela. A vida dissipa nos olhos dele, e no ultimo suspiro: “Porquê?”
- Por ela!

Chora....

Chora...
Chora agora,  enquanto a dor é  recente e sabes que nome dar,
Chora...
Chora por tudo e mais alguma coisa,
Para que nunca mais ele te veja lagrimar.
Que o sal que escorre pelo rosto,
Lave tu'alma e teu corpo.
Chora com vontade  de ficar, 
Com certezas de um dia ter amado, 
De todo o teu mundo ter entregado.
Lembra o pesar da incerteza, 
É  que sabes, 
Até nisso houve beleza,
De um dia saber o quanto ele te podia amar.
Derrama lágrimas e prantos,
Sofre só mais um pouco,
Porque flores pitalgadas,
Dos teus rios hão de brotar.

domingo, 19 de março de 2017

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A arte...a arte é  a resposta. Por entre os lascivos de lucidez que tenho, que me permitem perceber o mundo,  eu encontro a solução.
O grito que ecoa no silêncio dos que calados  aceitam tudo sem  contestação.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Não te quero deixar...

Se te amo?
Amo,  cada vez mais,  tenho a certeza do que sinto. Mas não posso continuar a viver com o espectro de alguém que eu precisava que fosses, tu mesmo escolhes não o ser. Quem sou eu para te contrariar?
Essa certeza que tenho não me impede de protelar o adeus que te prometi, não me impede de, de quando em vez, passar por tudo que me lembra de ti, e te viver uma vez mais. Essa minha certeza, permanece estanque, aguardando que eu reúna forças em mim de te deixar ir.
Eh, a verdade é que não quero te deixar ir...