domingo, 17 de maio de 2015

Há Grandeza em ti

Tu não  te deste demais,  mem te deste de menos.
Deste na medida certa,  tu és completa.
Repara como o Sol e o Cosmo se alinham para te ver desabrochar... É  a sinfonia rítmica de exactidão de ser.
Repara como no chão se firmam tuas raízes,  estendendo os braços  para o infinito e alcançando o imenso.
Porque tu és  isso,  tu és  o imenso.
Não  te estribes em entendimentos alheios,  é  esta a tua dimensão,  é   este o teu ser.
Não pode a formiga dizer ao Elefante,  faz-te pequeno porque pequeno és.
O Elefante sabe-o dentro de si,  que não  o é,  nem nunca  o será.
Ele sabe,  tu também o sabes. Ainda que em teu âmago estejas despedaçada,  receosa de cada passo,  na incerteza da tua capacidade,  do porquê da tua existência...Há  grandeza em ti,  não  permitas que te digam o contrário,  HÁ GRANDEZA EM TI!❤

sábado, 9 de maio de 2015

A todos os vacilãos...

Aí você  ama,  e ama,  e ama,  e ama. A pessoa te magoa e você  continua amando,  a pessoa te desrespeita e você  continua amando. A pessoa te humilha e você  continua amando,  até  ao dia em que  ela machuca tanto que sem querer toma aquele fiozinho,  tá vendo aquele fio,  que quando você  puxa a saia se desfaz? Esse mesmo.
Ela te machuca tanto que toma o fiozinho,  mas você  continua  amando, os erros repetem-se, puxando o fio com o tempo, também enfraquece o amor.
Mas ainda assim você perdoa:"quem sabe, um dia ele melhora?". Mas não melhora.
Porque ele sabe que  você  nunca vai partir e vive com a certeza que você está amarrada a uma peça de roupa da qual nunca se livrará. Mas ele não  sabe, que aos poucos você  se questiona, que aos poucos você volta a ser racional, até  ao dia em que não  restar mais vestido e você, andando nua por aí, for novamente livre.
Sem depender mais dele, sem viver condicionada por uma ideia de amor, que no fundo só  ela teve, só ela esteve disposta a dar.
Nesse dia,  respire fundo, aprecie cada átomo do Universo e saiba que você é livre!

domingo, 3 de maio de 2015

....

E mesmo despedaçada  em seu âmago,  todos os dias,  ela se levanta,  veste o seu semblante de guerreira,  e deixa a dor no travesseiro.
E ele?  Ele está  sempre com ela,  só  que ela não  passa mais os dias pensando no quanto ele faz falta,  nem é  bom.
Primeiro,  negou tudo:"não aconteceu,  não  é  real,  vou resolver tudo isto,  não  me vou deixar vencer";
Depois: "porquê  eu?  Que mal te fiz? Mereço eu isto?";
Agora:"vou cuidar de mim,  vou ser melhor,  vou-me aperfeiçoar a tal ponto que ele vai ver o meu rosto em todo o lado,  e eu vou chegar lá  no topo do cume,  onde sempre sonhei chegar,  onde quis chegar com ele. Vou mostrar que posso, sem ele,  muito mais do que alguma vez pude. E quando ele me vir,  não  vou mais essa rapariga incompleta, não. Vou ser uma mulher mais segura, mais determinada,  os meus olhos vão  brilhar mais,  e o meu coração vai bater ao som do meu próprio  ritmo; coração nenhum, ser nenhum vai-me fazer falhar um batimento,  nunca mais.
Vou caminhar de cabeça erguida e não  me vou dar a ninguém,  pelo menos a quem não mereça,  é  isso que vou fazer. Vou sair por esse mundo e vou ser completa para mim,  e vou mudar o mundo e vou ser melhor. E ele vai sentir a minha falt e eu nem vou lembrar mais o nome dele,  e esse espaço que ele dei ou vai deixar de existir".
Todas as manhãs  ela repetia isso para ela,  na esperança  de um dia acreditar,  na esperança  de um dia o sufoco desaparecer e as  coisas voltarem a ser leves;
Mas não voltaram,  porque nunca voltam. A verdade é  que  o rosto dele perseguia-a,  dia e noite,  era pensamento incessante,  saber se ele estaria bem,  se estaria feliz,  se teria conseguido os tão  sonhados e almejados sonhos que pela madrugada o persegiam; ela não  conseguia adormecer com facilidade. Sentia falta da sua voz,  madrugada dentro,  sentia falta de dar escapadelas,  sentia falta daquele aperto,  do cheiro a madeira característico,  o seu olhar incapacitante,  toda uma áurea  marcante.
Sempre havia nela um pouco dele,  sempre havia nela um pouco dele. Ela deixou de se esgrimir em temas esgotantes,  deixou de procurar lutas incessantes,  passou  a buscar mais paz no desterro,  passou a amar mais o Universo,  quem sabe assim,  um dia talvez,  por uma arte mágia,  alcance a grandez de espírito  dele.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Subtrair...

Eu tenho sentido uma vontade imensa de catarses, sabe?  De exorcismos que me limpem e deixem leve. Não  tenho tido mais espaço  em mim para vontades exaustivas  que retiram tudo de mim sem dar nada em troca,  não  mais espaço  para reclamações em que eu não  vejo nexo. Não  quero,  não  vou,  não  dou. Simples  assim.
Caramba,  quando é  que eu deixei de ser dona de mim? 
Aiii se deixei,  me perdoa,  me perdi,  e agora eu vou me encontrar,  vou me amar de novo,  subtrair,  e não  voltar a somar. Quem quiser ser soma tem de pedir autorização,  faz  um requerimento  para a Administração  Central,  se eles negarem seu pedido,  sinto muito querido,  gatou!!!
Aí  gatou e muito. Mas fica feliz hein,  não  me ter também  é  ganhar. Sabe como?
Você  não  tem que passar pelo processo de me amar,  o som da minha voz,  a cor dos meus olhos,  o jeito do meu cabelo,  os contornos do meu ser,  depois não  vais se saturar das minhas implicâncias por causa do barulho da sua boca aberta ao mastigar,  e até  fechada. Ai me poupa,  que eu também  te poupo.
Não  vai ter de receber mensagens longas minhas reclamando a sua falta de abertura,  nem minha ausência  quando eu cansar de você,  da sua cara,  da sua voz irritante,  dessa sua vontade de mandar em mim. E no fim não  vai ter aquela saudade  e humilhação  de ligar para mim e eu fingir que sou sua amiga só para não  te magoar.
Tá  vendo filho?  É  melhor nem me ter. Eu sou incrível,  mas sou intensa. Te prometo.
E esses dias tou subtraindo tudo, até  minha mãe  quero subtrair,  anda chata,  mas não  posso. Mas você?  Você  e todos os engraçadinhos que vierem depois,  ah vocês eu subtraiu e agradeço que aceitem ser subtraídos.
Cheguem bem,  sejam felizes e adeus. 😘