domingo, 25 de dezembro de 2016

If one day I runaway
Don't look for me...
Don't come after me,
Trying to uncover
all the reasons
that lead me to it.

If one day I runaway,
Just let me be,
Let me go
To find my nonesense,
To get lost within myself.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Aquela podia ser a última vez que te veria,  que sentiria as tuas mãos sobre a minha pele,  ouviria o teu batimento cardíaco e saberia que estou em casa. Eu não podia deixar-te ir assim,  desse jeito,  não podia.
Porque na minha boca ia permanecer o sabor do inacabado,  eu sentiria perpetuamente que tanta coisa ficou por dizer,  não podia te deixar ir assim.
Não pensei nas consequências,  nos instantes que antecederam a minha partida,  eu hesitei,  mas depois joguei-me sem medo e voei. O vento no meu rosto fez meu coração acelerar,  sabendo que do outro lado te iria encontrar,  tornou a distância tão leve,  tão curta,  e as estradas livres levaram-me a ti. Aterrei nos teus braços. Consumiste-me. Consumi-te. Fomos um. Se daqui há cinco anos nos encontrassemos ainda assim,  e tudo qus houvesss para saber estivesse descoberto,  se nesse espaço de tempo não estivessemos distantes,  eu seria tua,  a todo o momentos,  eu seria a mais brincalhona,  a mais livre, tendo o teu vento sob minhas asas,  planando alto. Tu serias o mais sereno,  o mais seguro,  livre de todos os estigmas,  o Amor quebraria todos os grilhões,  e juntos voaríamos. Explorando esse mundo imenso lá fora. Nos conhecendo cada vez mais.
Com o aproximar da alvorada,  volto a pousar,  não passaram cinco anos,  continuamos no presente,  continuamos a não puder estar juntos. Hoje tu partes e eu,  pequena demais,  te deixo ir. O último abraço,  o último beijo, o último toque,  o último suspiro,  o último pronunciar das palavras.