If one day I runaway
Don't look for me...
Don't come after me,
Trying to uncover
all the reasons
that lead me to it.
If one day I runaway,
Just let me be,
Let me go
To find my nonesense,
To get lost within myself.
É uma força que nasce do àmago de meu ser, E me impele a te dizer, mais que palavras, mais que mistérios Impele a te mostrar. Textos por Ralde Sicato.
Aquela podia ser a última vez que te veria, que sentiria as tuas mãos sobre a minha pele, ouviria o teu batimento cardíaco e saberia que estou em casa. Eu não podia deixar-te ir assim, desse jeito, não podia.
Porque na minha boca ia permanecer o sabor do inacabado, eu sentiria perpetuamente que tanta coisa ficou por dizer, não podia te deixar ir assim.
Não pensei nas consequências, nos instantes que antecederam a minha partida, eu hesitei, mas depois joguei-me sem medo e voei. O vento no meu rosto fez meu coração acelerar, sabendo que do outro lado te iria encontrar, tornou a distância tão leve, tão curta, e as estradas livres levaram-me a ti. Aterrei nos teus braços. Consumiste-me. Consumi-te. Fomos um. Se daqui há cinco anos nos encontrassemos ainda assim, e tudo qus houvesss para saber estivesse descoberto, se nesse espaço de tempo não estivessemos distantes, eu seria tua, a todo o momentos, eu seria a mais brincalhona, a mais livre, tendo o teu vento sob minhas asas, planando alto. Tu serias o mais sereno, o mais seguro, livre de todos os estigmas, o Amor quebraria todos os grilhões, e juntos voaríamos. Explorando esse mundo imenso lá fora. Nos conhecendo cada vez mais.
Com o aproximar da alvorada, volto a pousar, não passaram cinco anos, continuamos no presente, continuamos a não puder estar juntos. Hoje tu partes e eu, pequena demais, te deixo ir. O último abraço, o último beijo, o último toque, o último suspiro, o último pronunciar das palavras.