Crescemos, mas não estavamos preparados.
Ninguém nos disse que não eramos invencíveis,
Que um dia também poderíamos ficar doentes,
Afinal também somos perecíveis.
Ninguém nos disse que ia ser tão difícil,
Que veriam dias intermináveis
Quando éramos pequenos,
Nunca custavam a passar.
Ninguém nos disse que o perdão
não ia sarar todas as feridas,
Que os nossos melhores amigos,
seriam estranhos,
Que aos poucos se iriam afastando.
Crescemos e viemos a descobrir
Que existem mesmo pessoas malévolas,
Que são as mesmas que nos sorriem,
O veneno é uma constante.
Só nos falavam do altruísmo,
Mas o egoísmo também é bom,
Evita existências drenantes.
Crescemos e descobrimos,
Que o Amor,
Não vence todas as barreiras,
Que há casamentos por conveniência,
Nos dias que correm.
E que não faz mal que assim seja.
Ninguém nos disse que a sociedade,
Tem um padrão estatuido,
Para lá disso és atípico,
Completamente esquisito.
Que a sociedade é imponente,
É o supremo Tenente.
Somos adultos hoje,
E temos de viver com nossos actos,
Com os facto que inevitavelmente se impõe
Que temos sempre contas para pagar,
De tanto stress,
São poucos que dormem.
Ninguém nos disse que o mundo é cheio de ruído,
Que o silêncio se encontra em nós,
Se fugirmos à rotina,
Se mantivermos a criança viva,
Que talvez, desse jeito, a paz em nós resida.
Nós descobrimos sozinhos,
Que são poucos os prazeres da vida,
Que importa sim, confiar em poucos,
E mais ainda cuidar de si,
Que os outros serão sempre os outros,
Mas tu, nunca deves desistir de ti.