Já não tenho idade para ser inconsequente. O quê que querias que eu fizesse? Que deixasse andar, para que um dia o teu amor fosse imenso e eu não tivesse nada a dar, a não ser companheirismo? Até os grandes amores não podem ser inconsequentes.
Tem de haver coerência naquilo que fazemos, tem de haver.
Otherwise, it's insane, pure insanity. I just can't live as if tomorrow would never come. I just can't.
I working towards something, I build myself around a concept, a concept of balance, life balance.
'Cause it comes down to a point in your life when you don't aim anymore for the trill, for the moments that you feel like dieing, and in that last second you make it. Not anymore.
Now I only want balance, the joy of waking up in the morning with a light heart and a steady head, the firm step when a walk out of my house, the certainity that I'm strong, I'm well oiled machine, heading to greatness.
That's my main motto, that's my life purpose, that's all that matters, that's all I'm focused on.
Por isso, não há espaço em mim para inconsequências.
É uma força que nasce do àmago de meu ser, E me impele a te dizer, mais que palavras, mais que mistérios Impele a te mostrar. Textos por Ralde Sicato.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
No room..
domingo, 26 de abril de 2015
Momento...
A minha capacidade de resiliência é enorme, mas há dias que não. Há dias como o de hoje que tudo parece perdido, tudo parece vão: "que valor tem este momento e este lugar, se depois tudo se perde e tudo é pó?"
Não tem valor nenhum, nem nunca o há de ter.
É isto que eu sou, é isto que penso neste momento. Que nada vale a pena, que minh'alma é pequena. Neste momento sou pó, neste momento sou nada. E minha vontade é desparecer por entre as fendas da terra, e adormecer. E num sono profundo esquecer que isto existe, que eu existo, não ser eu, não ser agora, nem voltar a ser.
Minha vontade é ser outras pessoas e outras lugares, é ser um velho que só tem memórias para contar, minha vontade é ter tudo vivido e esperar a morte (heresia, eu sei). Mas é isso que eu quero, caramba!
Quero ter a certeza que a minha vida não foi em vão, neste momento não sei, neste momento não tenho certeza de nada.
Neste momento sufoco aflita em minha existência, neste momento me acabo. Neste momento só quero fugir, neste momento, neste... Acaba também tu momento, subtrai-te e dá lugar a coisas boas.
Momentos vêm, momentos vão, mas tu diz-me que não és em vão. Diz-me que vais servir de aprendizado, diz-me que um dia vou sentir saudade, diz-me alguma coisa caramba. O teu silêncio também mata.
Não me deixes sem saber, elucida-me.
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Perdoa-me...
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Desligar-se
Não te sujeitas a circunstâncias quando estás desfeita, não te permitas a isso. Assim só desabarás mais ainda, a tal ponto que um dia nem no espelho reconhecerás teu rosto. Quando não sabes do que te deves defender ou como defender estás sujeita a tudo; não o permitas, nem hoje nem nunca, não o permitas.
Conhece-te, aprende a amar a solidão, minto, conhece-a pelo diminutivo, só. Conhece-a em todas as formas. Mas conhece-a, ama-a, valoriza-a, não tentes deixa-la desamparada, durante um tempo ela será a tua companheira e não faz mal.
Não faz mal estar sozinho. Conhecer o batimento do próprio coração, reaprender a amar e a não precisar, comprar novas loções, conhecer novos cheiros e novos sons, desligar-se, no fundo é isso, desligar-se.
Se possível reiventar-se, saber em que se errou, como mudar, como melhorar, procurar canalizar apenas o que é bom, o positivo, o construtivo.
Faz isso, reiteira isso, até ao dia em que o deitar e levantar seja leve, até ao dia em que os pensamentos matinais sejam inéditos e joviais, até que o peito já não aperte, até, se possível, todos aqueles que tiverem o seu nome, não te façam fraquejar. Bem assim, andar sem fraquejar.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Não forces o amor
Não vês a tartaruga encaminhando-se para o mar, morosa, pôs-se o sol, leventa-se, despede-se e retorna. E ela sempre lá.
Sê morosa assim: contas os teus dias, plantas as tuas flores, quando o jardim brotar não as colhas, espera que amadurecem, espera pela segunda leva, espera até que o caule se firme na terra, e vento algum, chuva alguma, sol algum a desenraizem.
Espero pelo timing da tua vida. Porque quando chegar vai ser um espectáculo celestial, todas as vozes torna-se-ão mudas, todas as dores sanadas.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
21.julho.2012
28.maio.2012
domingo, 5 de abril de 2015
Razão...
Oh redundância existencial, és todos os romances redigidos, esgotas os guiões das telenovelas e ainda assim és novo, és na medida certa, és mais do que eu ouso pedir. Tu és o cruzar dos caminhos, a leve brisa na alvorada, silêncio matinal que em meus pensamentos entra sorrateiramente e traz paz.
Tu conheces-me de trás para frente, e de frente para trás, antes mesmo de me ter conhecido e pior, eu também te sei, como canção de ninar eternizada em mim, eu te sei.
Sei todo esse teu feitio, todos os teus projectos, as tuas partidas e chegadas, as tuas falhas e exautivas interrogações existenciais. De um jeito sei lá de onde, tu me completas e me fazes ser melhor, mas eu tenho medo, eu tenho tanto medo;
que tudo isto seja mentira que tu tenhas visto em mim toda a fragilidade humana e que hediondamente me tenhas manipulado para me possuires, eu tenho medo, tenho tanto medo.
Porque não é normal o Universo conspirar assim, porque eu já passei por conspirações semelhantes que culminaram em desilusões porque eu no fundo acho, sinto, sei, que não te mereço. Eu sei.
Porque as histórias de amor não devem ser escritas com sangue e lágrimas, pelo menos não de alheios ao nosso amor. Eu sei isso, e a parte racional de mim diz-me para inspirar o mais profundo que eu conseguir, e saborear no escuro, no recôndito espaço que tens em mim, cada momento,
o meu virar para te encontrar, o teu cheiro a armário, as tuas mãos a deslizar lentamente em mim, e depois mais e mais rápido, o teu anel, o tom da tua voz, o teu cabelo, o teu balançar, o teu andar, a tua cor, o teu sorriso, o teu olhar, o teu casaco, a tua voz ao dizer o meu nome e acima de tudo, nós dois, só nós.
O meu lado racional diz-me : agarra com força, que não tarda muito vais ter de soltar.
sábado, 4 de abril de 2015
Limpezas...
tudo que faço tu estás aqui. Se ainda há lugar em mim, não sei. Sei que o espaço tomaste-o tu, a mente é tua, o corpo é teu, só não me leves a alma, essa deixa-a, quero dar-la a Deus. Porque ele merece ao menos isso, já em ti deixou meu juízo, que leve o pouco que resta.
Chegada...
Andamos tanto tempo distantes, e depois de nos termos encontrado tudo passou tão breve; mas sabes, eu tenho de te confessar, para mim foi uma vida. Para mim nada foi inédito, eu já sabia cada canto de ti, já te conhecia e tu a mim, e no teu mover cheguei à minha Pátria. Atraquei em teu porto e afundei meu barco, celebrei, sob um espectáculo pirotécnico, finalmente cheguei, não preciso mais de ti velho amigo, é este O porto, não precisarei de partir jamais.
Minha terra amada, sei toda a tua fauna e flora, tuas tempestades, temporais e dias amenos, o sol erguendo-se entre as colinas, no início
de cada dia, sei todos os teus trilhos, as pedras que deixaste pelo caminho, e ao longe a fumaça, lareira acessa, pão na mesa, tu por mim esperas, abres a porta, e heis-me aqui. Não ouviste os passos mas soubeste porque o teu coração falha um batimento de cada vez que sente o meu, e o meu segue-te o ritmo, bailando em sintonia, tal qual a primeira vez; tu aguardas há mil invernos, e hoje a primavera, brota aqui. Há muito parti, há muito te procuro. Não te conheço mas te reconheço; és tu, sempre foste tu, sempre o serás, ainda que eu não saiba. Em meus braços o sabes, o sentes, o reconheces, confirmas e reconfirmas, infinitamente nós tremeluzimos em harmonia cósmica, não há mais nada, nem som, nem luz, nem cheiro, nem toque, nem gosto, nem pensamento, só tu em mim, só eu em ti. E isso basta.