quarta-feira, 29 de abril de 2015

No room..

Já  não  tenho idade  para ser inconsequente. O quê que  querias que eu fizesse?  Que deixasse andar,  para que um dia o teu amor fosse imenso e eu não  tivesse nada a dar,  a não  ser companheirismo? Até  os grandes amores não  podem ser inconsequentes.
Tem de haver coerência naquilo que fazemos, tem de haver.
Otherwise,  it's insane,  pure insanity. I just can't live as if tomorrow would never come. I just can't.
I working towards something,  I build myself around a concept,  a concept of balance,  life balance.
'Cause it comes down to a point in your life when you don't aim anymore for the trill,  for the moments that you feel like dieing,  and in that last second you make it. Not anymore.
Now I only want balance,  the joy of waking up in the morning with a light heart and a steady head, the firm step when a walk out of my house, the certainity that I'm strong,  I'm well oiled machine, heading to greatness.
That's my main motto,  that's my life purpose,  that's all that matters,  that's all I'm focused on.
Por isso,  não  há  espaço em mim para inconsequências.

domingo, 26 de abril de 2015

Momento...

A minha capacidade de resiliência é  enorme,  mas há  dias que não. Há  dias como o de hoje que tudo parece perdido,  tudo parece  vão: "que valor tem este momento e este lugar,  se depois tudo se perde e tudo é  pó?"
Não  tem valor nenhum,  nem nunca o há  de ter.
É  isto  que eu sou,  é  isto  que penso neste momento. Que nada vale a pena,  que minh'alma é  pequena. Neste momento sou pó,  neste momento sou nada. E minha vontade é  desparecer por entre as fendas da terra,  e adormecer. E num sono profundo esquecer que isto existe,  que eu existo,  não  ser eu, não  ser agora, nem  voltar a ser.
Minha vontade é ser outras pessoas e outras lugares, é  ser um velho que  só  tem memórias  para contar, minha vontade é  ter tudo vivido e esperar a morte (heresia,  eu sei). Mas é  isso que eu quero,  caramba!
Quero ter a certeza que a minha vida não  foi em vão,  neste momento não  sei,  neste momento não  tenho certeza  de nada.
Neste momento sufoco  aflita em minha existência,  neste momento me acabo. Neste momento só  quero fugir,  neste momento,  neste... Acaba também  tu momento,  subtrai-te e dá  lugar a coisas boas.
Momentos vêm,  momentos vão,  mas tu diz-me que não  és  em vão. Diz-me que vais servir de aprendizado,  diz-me que um dia vou sentir saudade, diz-me alguma coisa caramba. O teu silêncio  também  mata.
Não  me deixes sem saber,  elucida-me.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Perdoa-me...

Minha vontade é  não  te deixar ir embora, sabe? Minha vontade é  voltar a discar o teu número, só  para ouvir a tua voz. 
É  que eu vivo nesse vai e vem, nunca sei se estou completamente lúcida, quando estou tomo decisões  que ultrapassam a minha compreensão. 
A verdade é  que tu me deste muito em tão  pouco tempo, tens sido uma alegria imensa, os raios de sol que entre as cortinas se fazem sentir, e eu tenho medo de as abrir. Ok, admito, eu tenho medo. Tenho um medo tremendo de gostar mais ainda desse teu sol, dessa tua áurea. De me amarrar de um jeito que depois não  vou saber desgrudar. Me falo que eu poderia ter feito de diferente?
Você  chega desse jeito, me ganha em segundos, me mostra todo um mundo, me vira a cabeça, tudo que eu gosto e já  tinha perdido o gosto. Você  trouxe isso de volta e muito mais.... mas muito mais. 
Perdoa-me, não  sei ser de outra forma, mas a sua "tal" não  sou eu, nem o poderia ser. Perdoa-me. 
E dou por mim a ouvir músicas  nostálgicas  de um tempo presente,  vê  o efeito que tens em mim. Como pode isso?  

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Desligar-se

Cuida de ti,  tens de cuidar de ti. Sabes,  mais ninguém  o fará, por isso cuida de ti.
Não  te sujeitas a circunstâncias  quando estás  desfeita,  não  te permitas a isso. Assim só  desabarás mais ainda,  a tal ponto que um dia nem no espelho reconhecerás teu rosto. Quando não  sabes do que te deves defender ou como defender estás  sujeita a tudo; não o permitas,  nem hoje nem nunca,  não  o permitas.
Conhece-te,  aprende  a amar a solidão,  minto,  conhece-a pelo diminutivo, só. Conhece-a em todas as formas. Mas conhece-a, ama-a,  valoriza-a,  não  tentes deixa-la desamparada,  durante um tempo ela será  a tua companheira  e não  faz mal. 
Não  faz mal estar sozinho. Conhecer o batimento do próprio  coração,  reaprender a amar e a não  precisar,  comprar novas loções,  conhecer novos cheiros e novos sons,  desligar-se,  no fundo  é  isso,  desligar-se.
Se possível  reiventar-se,  saber em que  se errou,  como mudar,  como melhorar,  procurar canalizar apenas o que é bom,  o positivo, o construtivo.
Faz isso, reiteira isso,  até  ao dia em que o deitar e levantar seja leve,  até  ao dia em que os pensamentos matinais sejam inéditos  e joviais,  até  que o peito já  não  aperte,  até,  se possível,  todos aqueles que tiverem o seu nome,  não  te façam fraquejar. Bem assim,  andar sem fraquejar.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Não forces o amor

Não  forces o amor. Repito. Não  forces o amor.
Não vês a tartaruga encaminhando-se para o mar, morosa, pôs-se o sol, leventa-se, despede-se e retorna. E ela sempre lá.
Sê morosa assim: contas os teus dias, plantas as tuas flores, quando o jardim brotar não  as colhas, espera que amadurecem, espera pela segunda leva, espera até  que o caule se firme na terra, e vento algum, chuva alguma, sol algum a desenraizem.
Espero pelo timing da tua vida. Porque quando chegar vai ser um espectáculo  celestial, todas as vozes torna-se-ão mudas, todas  as dores sanadas.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

21.julho.2012

Eu tenho pensado muito,
Sabe? Refletindo sobre nós.
Sobre o que foi e o que não foi
E sabes?
Da vontade de chorar
Nasce uma vontade imensa de sorrir
Por nós
Por respeito ao nosso 2amor”.
Meu sorriso é saudoso,
Do tipo que quer reviver tudo e não mudar nada.
Meu sorriso também é triste
Bem assim,
Saudoso e triste.

Pensando e relembrando
Cada detalhe teu
Numa tentativa inútil de nunca te esquecer
Nunca, nunca.

21.julho.2012

28.maio.2012

Um dia o teu entendimento
Chegará a mim…
Quebrará o papel que nos separa.
Quem sabe libertar-me-ás destas amarras…

E então,
Aí eu saberei,
O porquê da solidão….
Afinal nem todas as sombras
São para serem vistas
Nem todas as lamentações
Ouvidas
Nem todas as razões compreendidas
Nem todos os sonhos partilhados.

E Ela é justificada
Tu quebraste para ver
Para ouvir
Para compreender
E partilhar

Cálidaenternecida,
Agradece então minha alma.
Porque nova luzas iluminam-na
Novos caminhos são traçados
A esperança é, enfim, renovada.

28.maio.2012

domingo, 5 de abril de 2015

Razão...

Mas que ser é este que surge na minha vida? Que direito tens tu?  
Oh redundância existencial, és todos os romances redigidos, esgotas os guiões das telenovelas e ainda assim és novo, és na medida certa, és mais do que eu ouso pedir. Tu és o cruzar dos caminhos, a leve brisa na alvorada, silêncio matinal que em meus pensamentos entra sorrateiramente e traz paz. 
Tu conheces-me de trás para frente, e de frente para trás, antes mesmo de me ter conhecido e pior, eu também te sei, como canção de ninar eternizada em mim, eu te sei. 
Sei todo esse teu feitio, todos os teus projectos, as tuas partidas e chegadas, as tuas falhas e exautivas interrogações existenciais. De um jeito sei lá de onde, tu me completas e me fazes ser melhor, mas eu tenho medo, eu tenho tanto medo; 
que tudo isto seja mentira que tu tenhas visto em mim toda a fragilidade humana e que hediondamente me tenhas manipulado para me possuires, eu tenho medo, tenho tanto medo. 
Porque não é normal o Universo conspirar assim, porque eu já passei por conspirações semelhantes que culminaram em desilusões porque eu no fundo acho, sinto, sei, que não te mereço.  Eu sei.
Porque as histórias de amor não devem ser escritas com sangue e lágrimas, pelo menos não de alheios ao nosso amor. Eu sei isso, e a parte racional de mim diz-me para inspirar o mais profundo que eu conseguir, e saborear no escuro, no recôndito espaço que tens em mim, cada momento, 
o meu virar para te encontrar, o teu cheiro a armário, as tuas mãos a deslizar lentamente em mim, e depois mais e mais rápido, o teu anel, o tom da tua voz, o teu cabelo, o teu balançar,  o teu andar, a tua cor, o teu sorriso, o teu olhar, o teu casaco, a tua voz ao dizer o meu nome e acima de tudo, nós dois, só nós.  
O meu lado racional diz-me : agarra com força, que não tarda muito vais ter de soltar.

sábado, 4 de abril de 2015

Limpezas...

"Mantém-te ocupada", reiteiro em mim, "mantém-te ocupada". Não deixes que a presença dele se apodere da tua vida; "ele não está aqui, ele não te merece. Mantém-te ocupada". De uma assentada limpo as janelas, e os móveis, as casas de banho e os quartos, e ao limpar o visor LCD, consigo ouvir a tua voz: "ai, esse rabo, amo-o mas amo ainda mais o meu Leão. Deixa-me ver o jogo." Consigo ver-te puxares-me para junto de ti, elevares-me, tal qual um bebé. Nos teus braços sou fraca, nos teus braços me rendo. E deixo-te consumires me em teu colo, em frente à TV; a bola ainda rola, mas isso não mais importa. Mão aqui, mão ali, boca aqui, boca não aí, é este o nosso momento. E isso faz-me sofrer. Desabo, em prantos lembro o teu olhar, o teu falar, o teu beijar, o teu andar, o teu pegar, sorrir, brincar... Não tem jeito, por mais que tente, tu tomas conta de mim, em
tudo que faço tu estás aqui. Se ainda há lugar em mim, não sei. Sei que o espaço tomaste-o tu, a mente é tua, o corpo é teu, só não me leves a alma, essa deixa-a, quero dar-la a Deus. Porque ele merece ao menos isso, já em ti deixou meu juízo, que leve o pouco que resta.

Chegada...

Não me digas que é o fim; e os sonhos que juntos construímos, e o pedido que visualizei para ti, nunca to contei mas visualizei. Os filhos, a casa, as viagens, para onde vão? Em mim já se firmavam em cimento, em mim cada dia em ti era o virar da página em direcção ao clímax do nosso livro, lembraste disso, da nossa conspiração, lembraste? Lembras a minha teoria repetida em mim todas as vezes que me lembro de te encontrar, lembro que já eramos um ainda antes de o ser, lembro que a insólita vez que te confessei isso e do brilho em teu olhar porque também sabias; que tu me pertences e eu a ti, sei disso e tu o sabes.
Andamos tanto tempo distantes, e depois de nos termos encontrado tudo passou tão breve;  mas sabes, eu tenho de te confessar, para mim foi uma vida. Para mim nada foi inédito, eu já sabia cada canto de ti, já te conhecia e tu a mim, e no teu mover cheguei à minha Pátria. Atraquei em teu porto e afundei meu barco, celebrei, sob um espectáculo pirotécnico, finalmente cheguei, não preciso mais de ti velho amigo, é este O porto, não precisarei de partir jamais.
Minha terra amada, sei toda a tua fauna e flora, tuas tempestades, temporais e dias amenos, o sol erguendo-se entre as colinas, no início
de cada dia, sei todos os teus trilhos, as pedras que deixaste pelo caminho, e ao longe a fumaça, lareira acessa, pão na mesa, tu por mim esperas, abres a porta, e heis-me aqui. Não ouviste os passos mas soubeste porque o teu coração falha um batimento de cada vez que sente o meu, e o meu segue-te o ritmo, bailando em sintonia, tal qual a primeira vez; tu aguardas há mil invernos, e hoje a primavera, brota aqui. Há muito parti, há muito te procuro. Não te conheço mas te reconheço;  és tu, sempre foste tu, sempre o serás, ainda que eu não saiba. Em meus braços o sabes, o sentes, o reconheces, confirmas e reconfirmas, infinitamente nós tremeluzimos em harmonia cósmica, não há mais nada, nem som, nem luz, nem cheiro, nem toque, nem gosto, nem pensamento, só tu em mim, só eu em ti. E isso basta.

Volta...

Ainda tinha tanta coisa para te contar sabes? Tantos sonhos que eu quis partilhar contigo, tantos medos que ainda não exteriorizei. 
Ainda tenho amor para te dar, tantos beijos, tantos abraços do tipo " fica aqui comigo para sempre" ainda tenho tudo isso em mim. 
Ainda há tempo, sabes?  Se quiseres podes voltar; volta e eu não te vou julgar. Para mim só terá valor a tua presença. Os motivos que te levaram a partir, eu esqueço, eu mudo, dou tudo de mim, mas volta, podes voltar. Volta para o nosso mundo, volta e preenche os contornos do meu ser, eu sei que sou completa;  mas tu não és a peça que falta, tu és o motor revelador do meu ser, só isso. É essa a dimensão que te dou, não sei suavizar as coisas. 
Tu és esse néctar divino, mel cristalino, denso delicado, que corres em mim e dás uma nova força anímica à minha existência. És o quarto escuro
onde revelo os negativos que há em mim,  revelo os sonhos positivos em ti.
Tu és tudo isso, e na tua essência és muito mais, qual girassol seguindo o Universo, abres-te à imensidão de possibilidades bioexistenciais e compões uma sinfonia com o Cosmo. Essa melodia tocaste-a para mim, tal qual cheiro agradável que emana de ti e deixas por todos aqueles que tocas. 
Deixaste essa melodia em mim, nem grave demais, nem aguda de menos, és a 9 ° Sinfonia, excelência humana, virtude cósmica. Só assim eu sei que existes. Porque as notas que tocaste com a tua voz ainda ressoam em mim, porque os intervalos oculares que emitias para mim ainda os posso sentir, porque o crescendo do tu e eu, em mim não cessou. 
E ainda anseio por esse crescendo : em elevação no ar, prendi-me ao teu mundo, tiveste-me nas mãos, tuas grandes, minhas pequenas, tuas frias,
minhas quentes, cobriste-me em teus braços e fui tua, todas as vezes inédita, todas as vezes memória, todas as vezes chegada. Por isso, volta, podes voltar, pois em meus braços terás sempre lugar para atracar, em meu peito moradia, volta e volta a conjugar o verbo em nós, como outrora o fizeste. 
Mas se quiseres tempo, eu dou-te tempo, esperei por ti uma vida, que serão mais uns momentos?