quinta-feira, 15 de março de 2018

Nós fingimos que estamos bem e que nada se passa.
Bebemos e comemos, e rimos de piadas sem graça, nós nos forçamos a ser estas pessoas sociais. Quando na verdade queremos distância. Nós queremos a ausência de horários, queremos as conversas madrugada dentro, o cheiro da relva acabadinha de cortar, queremos a vida que com cada uma dessas coisas a nos parece voltar. Nós queremos a ausência deste peso social, queremos a voz gritante desta alma que a sociedade tanto sufoca. Quero acordar às 3h da manhã e pintar um quadro até voltar a adormecer, quero também não enlouquecer, que ninguém me roube de mim, enquanto houver palavras que pululam a todo instante.
No fundo, queremos o silêncio, a quietude, calmia de viver, queremos o sabor da leveza de seguir fluidamente o som do nosso ser, queremos a paz que merecemos, e que a sociedade parece tirar.

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